José Telmo
Educação em tempos de pandemia

Professor em época de pandemia: compartilhando a experiência

Para quem não me conhece, esse Diário de Pandemia é uma oportunidade de debate, surgido da conversa com outros professores. Recentemente, conversávamos sobre como a Transformação Digital finalmente chegou na educação, apesar de uma forma drástica e abrupta.

A solução? Partir para a web!

Sou professor de disciplinas de marketing e marketing digital em uma faculdade aqui do Rio de Janeiro, e agora, temos o desafio de adaptar e migrar o formato de aula, diferente do que muitos estavam acostumados. Esse movimento já existia, ele era alternativo, mas agora se tornou o padrão.

E não é só a questão da Transformação envolvida, mas de processo da aula online. Existe a necessidade de ajudar outros professores que estão igualmente nesse processo de resgate ou de reencontro com sua atividade. Só que agora, através de um meio, a internet.

As dificuldades que muitos mestres e instiuições de ensino estão enfrentando além das cobranças pela manutenção das aulas, envolve lidar com novos desafios como: configurar uma câmera e um computador, gerenciar uma ferramenta de gravação e transmissão, edição de um vídeo ou áudio, hospedagem e compartilhamento deste conteúdo e outros. Claro, algumas ferramentas e instiuições oferecem todo apoio para o recém chegado profissional de educação a este novo patamar.

Existem várias plataformas disponíveis, vários caminhos e soluções.

Do lado dos alunos, muitos já estão acostumados ao uso da internet, aplicativos e plataformas. Mas à medida que você vai para o público mais jovem, imagine que existem outras dificuldades e interações necessárias com seus alunos, até a presença dos pais para participar do processo de ensino de seus filhos.

Aqui, pelo menos, poderei falar por experiência, do campo de ensino de jovens adultos para o Ensino Superior ou de treinamentos de profissionais para sua aprendizagem contínua em suas empresas.

Hoje, é possível fazer uma transmissão através do YouTube, por exemplo, através de um vídeo ao vivo (também chamado de “Live”), onde professores e instrutores podem apresentar suas aulas a pela internet com baxíssimo investimento. Pode-se usar seu próprio celular.

Tenha em mente que a dinâmica da aula muda muito no digital que comparação ao presencial, com quadro branco. Preparar e lecionar na internet a mesma duração do presencial pode ser cansativa para o professor e alunos.

É preciso ter recortes e tempos e dinâmicas planejadas antecipadamente. Não é só uma mera questão de ajustes a uma mídia. Provlemas técnicos podem surgir durante a chamada, então, é preciso sempre pensar em plano B.

Ainda na questão técnica, pesquisei com meus alunos e ouvi relatos de outros professores nos quais muitos deles não tem um computador com processsamento suficiente à sua disposição ou uma internet rápida para transmissão e consumo de vídeo. Alguns usam o celular com conexões 3G e 4G. Então, como cobrar dinâmicas e exercícios se eles precisam compartilhar computadores com a família, igualmente em quarentena, ou usando uma pequena tela para seus estudos.

O estudo precisa se adaptar para o modelo assíncrono.

Como profissional de educação, é necessário uma conversa mais próxima com seus alunos para tentar encontrar omelhor dos mundos.

A pergunta salta várias vezes em meu celular e WhatsApp: sobre qual a melhor plataforma para as aulas? Onde é melhor lugar para fazer as transmissões? Que aplicativo adquirir?

Existem várias ferramentas disponíveis, desde o tão falado ZOOM que todos recomendam até outras não tão conhecidas. Mas há espaço para os aplicativos velhos de guerra como Google Hangouts, Skype, ou Google Meet — para quem usa a versão paga do G-Suite. Também pode-se ter uma ótima sala de aula digital com direito a transmissão ao vivo nos grupos do Facebook, com a vantagem que os alunos já estão habituados à plataforma de Mark Zuckeberg.

Só que há situações em que a faculdade pode demandar que todo conteúdo’ fique centralizado em alguma plataforma proprietária.

O importante é entender que não basta entrar na internet, abrir uma câmera e apresentar uma aula no impulso. Existe uma questão que são as condições do aluno acessar esta aula. Com boa parte da população online, a qualidade dos serviços ofertados está reduzida, com eventuais quedas de conexão e baixa qualidade de áudio e vídeo. Como disse antes, a alternativa virou regra: todos estão fazendo transmissão de vídeo, não apenas em aulas, mas nas empresas, em todo mundo.

A solução não se trata apenas de comprar um bom computador ou fazer upgrades de de banda larga (há relatos de planos de 240Mb que, em horários de pico, mas ofertam 8Mb). Lembra do Plano B?

Pense em alternativas para quedas de conexão: tenha um grupo de WhatsApp ou Facebook com seus alunos para que, na eventualidade, possam ser trocadas mensages e alertas. Tenha materiais disponibilizados no início da aula ou em um site ou redes social para que eles não fiquem sem um dia de aula.

O mote desta época é a ajuda mútua.

Se todos entrarem ao mesmo tempo para reuniões de vídeo (ou mesmo consumo, como Netflix e YouTube), isso consome espaço nessa banda de internet. Essa experiência pode resultar em um professor que ficou com a aula travada ou de péssima qualidade de visualização. É preciso paciência e compreensão de todos de que este momento atípico vai demandar muito mais esforço para acontecer.

Minha recomendação é a criação de grupos de alunos, unir quem tem melhores condições (como uma tela e teclado) ajudar aqueles que estão com pequenas telas de celular para uma ajuda mútua. Ao entender o próximo conseguiremos, pelo menos, podemos avançar minimamente, aprendendo com cada dificuldade.

Como você e sua empresa ou Instituição de Ensino está lidando com estas adversidades e adaptações? Como você, professor, está adaptando suas aulas? Comente aqui neste artigo e compartilhe para que mais pessoas também participem deste debate.

José Telmo

Publicitário, Professor de Marketing Digital, filósofo multimídia e nerd!

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